Com apoio da Lei Paulo Gustavo, criadores do DF transformam games em ferramentas de cultura, educação e imaginação
- Lei Paulo Gustavo - Distrito Federal
- há 5 dias
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Mais de R$ 1,1 milhão foram destinados para projetos na linha de desenvolvimento de jogos eletrônicos, fomentando a criação de títulos que unem tecnologia, identidade brasileira e diversão
O universo dos games também é cultura — e no Distrito Federal, essa ideia tem ganhado novas camadas graças ao apoio da Lei Paulo Gustavo (LPG). Ao todo, 12 projetos voltados ao desenvolvimento de jogos eletrônicos foram contemplados pela legislação na capital, somando um investimento de R$ 1.145.605,72. Além do entretenimento, os games propostos carregam narrativas que valorizam a identidade brasileira, fortalecem a economia criativa local e apostam em seu potencial educativo.
É o caso do Mango Quest, idealizado por Lucas Rodrigues. Ambientado em um Brasil solar-punk de 2088, o game coloca o jogador no papel de Zé da Manga, um garoto que participa do campeonato mundial de catar mangas. Com circuitos regionais inspirados nas cinco regiões do país, o jogo mistura cultura brasileira, tecnologia e leveza em uma proposta lúdica e educativa.

“Queremos que o Mango Quest seja mais do que um jogo divertido. Ele celebra a diversidade cultural do Brasil e projeta um futuro otimista em que nossas crianças estão brincando e criando novas formas de se conectar com o país”, destaca Lucas. Segundo o proponente, a versão beta está prevista para janeiro de 2026.
A criatividade também guia o desenvolvimento de Jamjamma 2, projeto do game designer João Antônio Silva Diniz. O jogo é uma continuação de um título criado por ele durante a pandemia, e agora ganha uma nova dimensão com a contratação de profissionais especializados. Na trama, uma criança negra percorre uma floresta mágica enfrentando desafios e adquirindo poderes ao vestir crânios encantados.
“Sem a LPG, eu não conseguiria pagar a equipe com valores justos para elevar a qualidade do projeto. É um jogo simples, mas que carrega muito significado. Com apoio, consigo tirar essas ideias do papel e criar algo maior do que eu poderia fazer sozinho”, afirma João.
A iniciativa ainda prevê a produção de um minidocumentário com os bastidores do desenvolvimento, reforçando a transparência e inspirando novos criadores locais.
“Para o nosso projeto, o recurso da LPG prevê uma versão Alpha do jogo, ou seja, uma versão não finalizada. Ela se tornará disponível para jogar no ano que vem, em caráter mais didático, enquanto buscamos outras opções de financiamento para a próxima etapa do jogo”, finaliza.
Já em Brasília Defense, o desafio é proteger a capital federal de criaturas de gelo em um universo fantástico de batalhas táticas. Criado por Plínio Tadeu de Albernaz, o jogo une estratégia, trilhas sonoras originais e uma estética medieval para oferecer uma experiência imersiva e criativa, voltada para o público gamer que aprecia jogos do estilo “tower defense”.
Para Adriana Trancoso, coordenadora de projetos do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds), organização que atua como parceira da Secretaria de Cultura e Economia Criativa na implementação da Lei Paulo Gustavo, desde 2023, a linha de games mostra que, quando o poder público investe em criatividade, inovação e diversidade, toda a sociedade ganha. “Os jogos contemplados pela LPG não apenas entretêm, mas também educam, conectam e abrem caminhos para novas narrativas no cenário cultural candango.”
Lei Paulo Gustavo
São mais de 3,8 bilhões de reais destinados a projetos culturais por todo o país, representando o maior investimento já feito no setor na história. No DF, a Lei Paulo Gustavo já destinou 48,1 milhões, administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec DF). Os recursos são destinados para diversas áreas da cultura, entre elas o audiovisual, teatro e música.
Serviço - LPG/DF
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